Princípios básicos
A Alporquia é mais um das técnicas utilizadas para proceder à propagação vegetativa e multiplicação de uma espécie de planta dentro de uma plantação.
Porém, é uma técnica que precisa ser praticada, até mesmo para economizar sementes e mudas na hora de cultivar.
Em termos básicos a técnica junta a ação de uma planta matriz ou planta-mãe, já enraizada ao solo, e de seguida, um ramo da espécie é anelado e coberto posteriormente.
A cobertura do ramo é feita com um enraizador e musgo húmido. Passadas algumas semanas, o ramo que foi todo processado começará a desenvolver-se, e normalmente mais rapidamente em comparação a outras técnicas de propagação vegetativa.
Com o desenvolvimento, o ramo começará a criar raízes e, assim, poderá ser plantado em vasos ou em outra parte do solo, propagando assim a espécie.
A alporquia diferencia-se bastante de uma outra técnica de propagação conhecida como estaquia. É sempre bom comparar as duas, já que a estaquia tem o tal ramo recortado direto da planta matriz para que possa ser colocado em outro substrato, onde começará a enraizar dentro de poucos dias.
Já o alporque é enraizado já na planta cultivada, sem necessitar de um outro substrato para que o mesmo se possa desenvolver.
Como funciona a Alporquia?
Os princípios da alporquia já foram descritos neste artigo e agora que os conhece, é hora de descobrir com esta propagação começa a funcionar, desde o momento em que o ramo é escolhido, até que ele comece a criar suas próprias raízes.
Para começar, as cascas em volta do ramo têm que ser retiradas para que o mesmo comece a ser anelado. Dessa forma, a seiva elaborada começará a descer pelo floema logo abaixo da mesma casca, tendo automaticamente o seu fluxo interrompido.
Para que as raízes comecem a aparecer e para que o maior número comece a crescer em volta dos ramos, utiliza-se uma auxina sintética do tipo hormona vegetal sendo um produto enraizador composto por um ácido conhecido como ácido indol-butírico , cujas siglas são AIB, ácido indol-acético (AIA) ou o cloridrato de tiamina.
Quando é feita a Alporquia?
Os alporques podem ser feitos com sucesso em algumas espécies. Dentre elas estão as seguintes: as clássicas e famosas plantas ornamentais, as frutíferas, árvores nativas de qualquer região ou as conhecidas como exóticas.
Neste momento, a alporquia pode ser considerada um método eficaz, já que faz com que pequenas plantas de difícil plantio possam propagar-se mais facilmente.
Nas frutíferas, os alporques tem a função de eliminar uma parte de seu crescimento, já que na maioria das vezes, durante o enraizamento, flores e frutos estão impedidas de crescer numa determinada época.
Por isso, o tamanho desta espécie costuma ficar bem menor do que o normal, mas, mesmo assim, ficará ainda maior do que se fossem utilizados outros métodos de propagação na mesma planta como a estaquia, por exemplo.
A alporquia também é muito aplicada para aquelas espécies cujo crescimento costuma ser muito lento. Estas plantas costumam apenas iniciar a fase de emissão de flores e frutos, mas não se desenvolvem por completo.
Por isso, nestes casos, a produção do alporque e escolha dos ramos deve ser cautelosa, além de ser muito útil para agilizar o crescimento dessas estruturas ao longo do plantio das espécies. Além disso, costumam ficar sob um longo período de produção depois da elaboração da alporquia.
Por exemplo, a Ginkgo biloba é uma planta cultivada como ornamental e produz as suas folhas para fins medicinais. Ela leva cerca de 15 anos para florescer e muito mais para dar frutos. Por este fato, a propagação vegetativa da espécie por sementes nunca foi viabilizada, embora que no início do seu plantio, esta técnica tenha sido muito utilizada.
Com a descoberta da alporquia, estas plantas começaram a desenvolver-se melhor, além de acelerar ainda mais a sua produção de frutos e flores, ajudando ainda mais dentro da medicina fitoterápica.
Conheça algumas plantas boas para os Alporques
Existem várias espécies de plantas que podem beneficiar da alporquia e que na verdade, só usam este método de propagação para se desenvolverem e se multiplicarem com mais facilidade.
Algumas plantas com o desenvolvimento lento e que precisam de algumas estruturas para crescerem necessitam dos alporques como uma forma de ajuda ao crescimento.
As frutíferas por exemplo apresentam crescimento lento porque precisam produzir frutos. Através da alporquia ela consegue produzir os frutos de uma maneira mais eficaz, além de mais veloz.
Já as herbáceas e as plantas ornamentais que, de certa forma, também não conseguem desenvolver-se tão rapidamente quanto o esperado podem multiplicar-se de uma forma muito mais eficaz com a ajuda das técnicas de alporquia. Espécies de pequenos porte também costumam usar a alporquia como forma de multiplicação acelerada.
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