A Aronia é uma planta da família das Rosáceas, originária da região dos Grandes Lagos, nos EUA.
Conhecida como “Black Chokeberry”, este arbusto de folha caduca, tem não só um elevado valor ornamental, graças à sua bela floração primaveril, mas sobretudo um grande interesse agronómico pelos seus frutos que aparecem perto da chegada do Outono.
A Aronia, tal como outros frutos silvestres, tem beneficiado da contínua procura por alimentos mais saudáveis e, sobretudo graças ao seu elevadíssimo poder antioxidante, tem verificado um grande aumento na sua procura. Foi este movimento de “alimentação saudável” e de consumo de “superalimentos”, que trouxe notoriedade a este arbusto nos últimos anos.
Foto: Pixabay |
Este arbusto, que pode viver durante várias décadas, pode no seu estado adulto apresentar 40 ou mais hastes saídas junto ao solo. Apesar de suportar uma ligeira sombra a sua produção é superior quando em pleno sol.
O mesmo sucede quanto à humidade no solo, apesar de aguentarem solos ligeiramente encharcados, as plantas preferem crescer nos solos melhor drenados.
A produção do seu fruto acontece sobre a forma de cachos que apresentam entre 10 e 15 bagas cada, situados nas extremidades dos ramos, e que começam a amadurecer no final de Agosto, início de Setembro, mas aguentam-se perfeitamente na planta durante umas 4 a 6 semanas, o que permite uma calendarização mais despreocupada da colheita.
Apesar de já existirem algumas variedades seleccionadas de Aronia, elas são algo semelhantes entre elas, sendo que o facto de serem auto-férteis faz com que não seja necessário colocar mais do que uma variedade por parcela.
Um aspecto importante na Aronia é a sua necessidade de frio invernal, que ronda as 800/1000 horas de frio, valor muito semelhante às variedades de mirtilo do designado grupo do Norte.
A produção desta espécie em larga escala iniciou-se nos países do leste da Europa na década de 40 do século passado, sendo que actualmente a Polónia é de longe o maior produtor mundial, com mais de 5 000 ha.
O compasso de plantação pode ser bastante variável mas o mais recomendável parece ser o 3m x 1,5m. Com esta densidade de plantas, cerca de 2 200 pl/ha, conseguem-se produções de cerca de 4 ton/ha, por volta do 5.º ou 6.º ano.
Por se tratar de um arbusto com múltiplos rebentos a sua poda baseia-se sobretudo na eliminação dos ramos mais antigos, sendo o objectivo renovar todos os que atingem os 4 ou 5 anos de idade, substituindo-os por novos rebentos.
Em situações de renovação mais exigentes, poderá efectuar-se um corte geral da planta junto ao solo, promovendo assim a sua total renovação.
O aproveitamento deste fruto centra-se sobretudo na industria, onde é usualmente adicionado a sumos, compotas, gelados, etc…
O seu consumo em fresco não é muito apreciado devido à sua adstringência, no entanto, é cada vez mais adicionado a preparados alimentares, farmacêuticos e até mesmo no vinho, para melhorar as suas características.
Por se tratar de um produto muito vocacionado para a indústria, a sua colheita é muitas vezes realizada recorrendo a maquinaria própria, muito semelhante à do mirtilo.
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